Justiça converte prisão de empresária acusada de golpe milionário em preventiva


O juiz Mirko Vincenzo Giannotte, da Comarca de Sinop, converteu a prisão em flagrante para preventiva e manteve na cadeia a empresária Taiza Tosatt. Ela é acusada de comandar um esquema de pirâmide que aplicou um golpe de R$ 2,5 milhões em Cuiabá e outras cidades de Mato Grosso e São Paulo. Taiza foi detida durante a Operação Cleópatra, na última quinta-feira (31), e é apontada como líder do esquema, onde se apresentava como especialista em investimentos financeiros.

 


Também foram alvos da operação o médico Diego Rodrigues Flores e o ex-policial federal Ricardo Ratola, ex-marido de Taiza. Os envolvidos são investigados por crimes contra a economia popular, relações de consumo, lavagem de dinheiro e associação criminosa.


Em sua decisão, o juiz destacou a periculosidade da empresária e seus antecedentes criminais, considerando que sua liberdade representaria um risco concreto à ordem pública. Na residência de Taiza, foram apreendidas munições, cheques no valor de R$ 419 mil e anabolizantes, cujo uso, segundo ela, seria do seu novo marido e teria prescrição médica.


Como funcionava o esquema


Taiza, proprietária da DT Investimentos, utilizava as redes sociais para se promover como uma especialista jovem e bem-sucedida em investimentos, prometendo retornos diários de 2% a 6% sobre o valor investido. Ela atraía vítimas que faziam aplicações iniciais superiores a R$ 100 mil, acreditando na possibilidade de grandes lucros. Nos primeiros meses, os investidores recebiam os retornos prometidos, sendo incentivados a reinvestir valores ainda maiores. No entanto, após um período, a empresa deixou de pagar os rendimentos, e as vítimas passaram a enfrentar desculpas da empresária até que ela parou de responder completamente.


Ricardo Ratola, ex-policial federal e ex-marido de Taiza, era responsável pela gestão de negócios da empresa, enquanto Diego Flores atuava como diretor administrativo, completando o grupo que teria afetado dezenas de vítimas, incluindo amigos e familiares.


Durante as investigações, a polícia apreendeu uma caminhonete Ford Ranger e diversos documentos na casa de Taiza, que servirão de base para o avanço do caso. O delegado Rogério Ferreira, da Delegacia do Consumidor (Decon), estima que o prejuízo atual é de R$ 2,5 milhões, mas acredita que o valor possa ser ainda maior, já que outras vítimas podem não ter registrado queixa.





Fonte: UnicaNews
Data: 04/11/2024