Três empresas de Mato Grosso na lista suja do Ministério do Trabalho
Empresas do estado foram incluídas na lista por submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão. Saiba mais!
Na última sexta-feira, 5 de abril, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou a atualização da lista suja do trabalho escravo, incluindo 15 empresas de diversos municípios de Mato Grosso. Entre elas, três são empresas do estado, sendo uma delas a RC Mineradora LTDA, localizada em Alta Floresta, que teve 10 trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão.
Além da RC Mineradora, duas pessoas físicas também foram incluídas na lista: Selma Pinto de Arruda Guimarães, produtora rural de Juína, e Fabio Cezar Barros Leão, produtor rural de Pedra Preta. Na fazenda de Selma, uma pessoa foi resgatada, enquanto na fazenda de Fabio Cezar foram resgatados dois trabalhadores.
Destaca-se também o caso da Fazenda Bom Jesus, em Paranatinga, onde foram identificadas 14 pessoas em condições precárias. O dono da fazenda, José Inácio Rodrigues Vargas, possui carta de apoio do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), no valor de R$ 3,5 milhões, concedida em 2020, e acumula multas ambientais desde 2008.
A inclusão na lista suja implica em permanecer nela por no mínimo 2 anos, com monitoramento da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) para regularização das empresas. A população pode denunciar casos de trabalho escravo através do Sistema IPÊ, garantindo o anonimato do denunciante.
Esta é a maior quantidade de inclusões já registrada na lista, com um total de 248 empregadores identificados submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão.
Click no link e veja a lista completa cadastro_de_empregadores.pdf (www.gov.br)
Fonte: ESTADÃOMT
Data: 10/04/2024