A juíza Ana Rosa Martins, do 3º Juizado Especial Civil de Cuiabá, negou o pedido de indenização por danos morais feito pela vereadora Maysa Leão (Republicanos) contra o deputado estadual Gilberto Cattani (PL). A vereadora solicitava uma indenização de R$ 40 mil devido a uma publicação nas redes sociais do deputado que, segundo ela, teria prejudicado sua imagem.
O caso remonta a uma publicação feita por Cattani em agosto de 2023, em que ambos participavam de uma entrevista que abordava penas para estupradores. Durante a entrevista, Cattani defendeu a castração química para condenados por estupro, enquanto Maysa criticou a proposta, chamando-a de "barbárie".
Maysa alegou que o vídeo publicado por Cattani foi manipulado para tirar sua fala de contexto, mas a juíza considerou que não houve manipulação no material publicado pelo deputado. Segundo a magistrada, a documentação apresentada pela vereadora não foi suficiente para demonstrar a existência do direito que ela alega ter.
Desde a publicação do vídeo, Maysa tem dado entrevistas alegando que o material foi adulterado e chegou a pedir a cassação de Cattani à Assembleia Legislativa, alegando ser vítima de ameaças nas redes sociais. Os comentários na publicação de Cattani foram negativos em relação à vereadora, com seguidores a chamando de "defensora de estupradores" e "passadora de pano".
O corregedor da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, deputado estadual Max Russi (PSB), afirmou que Maysa tentou polemizar sua relação com Cattani sem conhecimento do Regimento Interno da Casa e sem a legitimidade para propor uma denúncia contra um deputado. Russi também criticou a falta de projetos relevantes da vereadora em seu mandato.
Fonte: Da redação
Data: 18/03/2024