A morte de Lucas Veloso Peres, de 27 anos, durante um treinamento do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMT) em Cuiabá, será investigada pela própria corporação e não pela Polícia Civil, devido a uma alteração na legislação de Mato Grosso que considera alunos de órgão de formação como militares do Estado.

De acordo com o delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, a competência da investigação é da Justiça Militar, pois o Estatuto dos Bombeiros Militares considera o aluno como um soldado militar.

Lucas Veloso Peres era de Goiás e fazia o curso de formação do Corpo de Bombeiros. O incidente ocorreu durante uma aula de salvamento aquático na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, onde ele teria sofrido um mal súbito e foi socorrido pelos próprios bombeiros, mas não resistiu.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou que um procedimento administrativo foi aberto para apurar as circunstâncias do ocorrido.

O caso de Lucas não é o primeiro do gênero. Em 2016, o aluno Rodrigo Claro morreu durante atividades aquáticas na mesma lagoa. A tenente Izadora Ledur foi acusada de maus-tratos contra ele e, após julgamento em 2021, foi condenada a 1 ano de prisão, mas o processo foi arquivado em 2022 devido à prescrição da pena.

Fonte: Da redação
Data: 28/02/2024