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Um estudo da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra) aponta dez pontos críticos com riscos de rolamentos e deslizamentos pela pista da MT-251 no trecho do Portão do Inferno. O relatório foi divulgado após o deslizamento de terraem um trecho da região nesta semana, que causou preocupação à população e às autoridades.
O estudo contempla trecho entre o km 42 e o km 48 da Estrada-Parque MT-251 e aponta os riscos de instabilidade das encostas no entorno do segmento viário, na condição em que se encontram e as medidas alternativas de soluções.
Conforme o estudo, a instabilidade da escarpa, que é a área íngreme que faz a transição entre as rochas e a rodovia, está relacionada a descontinuidades como fissuras, fendas de tração e deformações.
"Durante chuvas torrenciais, a pressão de água no interior dessas descontinuidades favorece movimentos de tombamento desses blocos. As estratificações parecem não condicionar movimentos de massa", diz trecho do estudo
Segundo o relatório, a erosão ou a degradação da base do arenito favorecem o descalçamento desses blocos, ativando movimentos de queda. "Os blocos mais altos são aqueles que podem se manter coesos após o início do movimento, o que os torna mais propensos a movimentos de rolamento", explica o documento.
Essas quedas, tombamentos e rolamento de blocos podem ocorrer em toda a extensão e tornam-se mais perigosos quando as rochas e as escarpas estão mais próximas da rodovia.
Conforme aponta o relatório, toda a escarpa da Chapada é potencialmente instável. "Eventualmente porções de rochas sedimentares se movimentam por queda, tombamento e, ocasionalmente, por rolamento. Desta forma, os segmentos em risco são identificados de acordo com a altura da escarpa e com a proximidade entre ela e a pista", aponta o estudo.
O relatório detalha os problemas de cada um dos dez pontos críticos. Um dos pontos mais perigosos fica no km 47, na curva mais acentuada do Portão do Inferno, onde tem blocos altos instáveis muito próximos da pista, e é um local com grandes fendas e trincas, com risco de queda direta na pista.
Já no km 43, a encosta tem grandes blocos instáveis de 80 metros de altura. Nesse caso, o tombamento de blocos pode resultar em rolamento e atingir a pista. Fotos da área mostram esses blocos e as descontinuidades que podem gerar o rolamento.
Entre o primeiro e segundo ponto, mesmo com a encosta afastada da pista, existem vários blocos muito próximos do acostamento, demonstrando que o rolamento é um movimento recorrente.
No km 44, dois pontos têm, além dos blocos instáveis, materiais com capacidade de tombamento e deslocamento até a rodovia. No km 45, o ponto indicado como o oitavo, o problema não é tão visível por estar embaixo do viaduto
Fonte: RDnews
Data: 15/12/2023