Após 3 anos do grande incêndio que destruiu o Parque Estadual Encontro das Águas, no Pantanal mato-grossense, fogo volta e atinge cerca de 10 mil hectares do bioma localizado entre Barão de Melgaço e Poconé (113 km e 104 km ao sul de Cuiabá respectivamente). De acordo com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Alessandro Borges, o fogo está apenas nas extremidades do rio Cuiabá e longe de alcançar o conhecido "santuário das onças".
Apesar de perdurar por dias e com fumaça que já chega à Capital, o comandante explicou que esse incêndio não chega perto do ocorrido em 2020, quando o rio foi avistado sem água. Segundo ele, tem muita água ainda e a previsão é que o fogo se apague antes de secar a área úmida.
A região está com vários focos de calor, porém essa área úmida ajuda a dificultar a propagação das chamas por outros territórios. O local do fogo é acessado somente com embarcações.
"Estamos monitorando aqui 24 horas por dia todos os biomas de Mato Grosso. Quando se detectou, no dia seguinte foi uma equipe mais próxima fazer uma análise da situação. Quase 90% em propriedade privada já foi consumida e apenas 10% no Parque Encontro das Águas nas extremidades", disse.
Na quinta-feira (19), uma reunião periódica com todas as instituições do Governo Federal e Estadual foi realizada para tratar as estratégias de combate ao incêndio. Conforme apurado pelos bombeiros, o fogo pode ter começado após a queda de um raio na vegetação de uma fazenda na região.
Borges explicou que os militares estão monitorando por terra e com aeronaves o chamado "fogo subterrâneo", quando substâncias orgânicas apodrecem durante a seca e causam as chamas. Além da temperatura, umidade baixa e vento cooperam para a queimada.
"A natureza, principalmente a fauna naquela região, são focos isolados. Então, a fauna não está sendo afetada de forma direta. Hoje, a maioria dos focos já está controlada, mas ressurgem aos poucos", disse.
Fonte: Da redação
Data: 21/10/2023