Adolescente tem crises de dor e morre sem passar por exames em UPA de Cuiabá


Um adolescente, identificado pelas iniciais O.K, de apenas 13 anos, morreu após passar por crises de dores no último final de semana, em Cuiabá. O jovem teria ido duas vezes à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Leblon e uma vez ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). Mesmo com as crises de dores, O.K foi apenas medicado e liberado até que na terceira e última ida à UPA, já estado crítico, o jovem veio a falecer.

 

Em entrevista ao Estadão Mato Grosso, familiares relataram que nas duas primeiras idas do rapaz à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na sexta-feira (25), os médicos apenas deram remédios para dor que ele sentia na lombar e o liberaram. Na terceira crise, no domingo (27), o rapaz foi levado ao HMC.

No HMC, o rapaz teria precisado esperar das 08:00 às 19:00, sem conseguir andar até ser atendido. Conforme relatado por familiares, o adolescente reclamava de fortes dores nas costas, mas alegou que não havia caído. Foi feito raio x da coluna do rapaz e o profissional que o atendeu questionou se ele tinha algum problema emocional ou tinha o costume de fingir dores devido a algum quadro de ansiedade.

Além disso, o médico não liberou os exames e disse que quem iria atender era um neurologista. Assim como foi nas idas à Unidade de Pronto Atendimento, o rapaz foi medicado e liberado.

Mais tarde, o rapaz começou a ficar com a boca e as unhas roxas, além de não conseguir dormir e delirar.

Na segunda-feira (28), o adolescente teve uma terceira crise de dor e foi levado às pressas à UPA do Jardim Leblon, já em estado crítico. Lá, ele foi levado a área de emergência. Durante vários minutos, os familiares ficaram sem saber o que estava acontecendo com o adolescente e passado esses vários minutos, os médicos chamaram a família e relataram que o adolescente havia falecido.

À reportagem, um dos familiares relatou que irá pedir os prontuários médicos tanto da UPA como do HMC para saber exatamente o que aconteceu, pois segundo o parente, tudo foi feito a porta fechadas e sem autorização dos familiares.

Além disso, os familiares denunciaram que não foi feito nenhum exame de sangue no rapaz, em todas as visitas às unidades de atendimento ou no HMC.

O exame de necropsia apontou uma infecção generalizada no corpo do rapaz, causado por uma pneumonia hemorrágica.

O Estadão Mato Grosso entrou em contato com o Gabinete de Intervenção, mas até o momento, não recebeu nenhum posicionamento acerca do caso.





Fonte: Da redação
Data: 03/09/2023