Durante a semana, o grupo de detentos trabalha no local que, nas manhãs de sábado, se transforma em ponto de encontro com direito, inclusive, a churrascos. O fato se repete há meses e, segundo comerciantes locais, os detentos tornozelados andam livremente pelos ruas.

 

As imagens recebidas com exclusividade pelo jornal A Gazeta mostra o grupo chegando em uma van, bem cedo. Na sequência, os detentos iniciam o processo de limpeza no local, com muita água.

 

Logo na chegada se vê a imagem do que seria um policial penal, que entra no prédio e não é mais visto. Um guarda patrimonial, de empresa privada, também está sentado diante do prédio em parte do tempo.

 

Logo depois começam a chegar as visitas. Muitas mulheres já são esperadas pelos companheiros, que abrem o portão, indicando que foram previamente avisados da chegada. Outras visitas entram diretamente no prédio, sem a necessidade de recepção. Toda trazem sacolas nas mãos. Existe registro de uma mulher entrando com uma criança.

 

Os comerciantes da região reconhecem que os detentos têm direito à visita íntima, dentro das unidades e, por isso, uma obra pública não devia se transformar em motel. Sem falar que enquanto estão tendo os encontros amorosos, estão abatendo parte de suas penas, mencionam. Apontam a falta de fiscalização e omissão do Estado.

 

Outro lado

A Sesp informou, por meio de nota, que os reeducandos que trabalham na obra são fiscalizados por policiais penais durante todo tempo. Afirma que o acesso ao local é restrito aos reeducandos, profissionais e servidores designados para desenvolver atividades relacionadas às obras, que têm previsão de conclusão em 30 dias. Informa que irá apurar a denúncia dos comerciantes.

Fonte: Da redação
Data: 09/08/2023