04/11 - Justiça converte prisão de empresária acusada de golpe milionário em preventiva
Nesta sexta-feira (4), os moradores vão realizar o 3º protesto para chamar atenção à falta de ação do poder público e cobrar a resolução do problema. A graxaria é autorizada pelas secretarias do Meio Ambiente do Estado e do município, mas moradores pedem a readequação para um local distante da região urbana.
Cristina Souza, uma das representantes do comitê, afirma que durante mais de 10 anos a comunidade lutou junto a órgãos públicos e meio ambiente contra os malefícios da graxaria em uma região urbana e, por fim, o local foi fechado em 2014, após a empresa, na época, paralisar a operação e passar a destinar os restos dos animais às empresas em locais adequados para o processo. Mas neste ano, a graxaria foi reativada e com ela o pesadelo para a população.
"Muita gente sente o mau cheiro e nem sabe o que significa. A graxaria cozinha os restos dos animais que são abatidos e, neste processo, são liberados gases que provocam mau cheiro e fazem mal à saúde. O sangue também é cozido e muito disso é direcionado à estação de tratamento de efluentes. Então, podemos ter até a contaminação da água".
Em uma Ação Popular, a advogada Fayrouz Arfox destaca que a instalação da graxaria desrespeita a Lei de Uso e Ocupação do Solo, além de ter sido feita sem análise da poluição hídrica causada pela atividade e sem a oitiva da população. Ressalta que a Lei 4.700/2021 determina que nova atividade industrial, de alto impacto segregáveis, deve estar em áreas específicas ou zona urbana especialmente destinada a essa finalidade. Assim, o local onde a Marfrig voltou operar a graxaria estaria inadequado e em desacordo com a lei.
Fonte: Da redação
Data: 03/08/2023