A morte de uma professora em São Paulo, assassinada por um estudante adolescente de apenas 13 anos, tem chamado a atenção para a necessidade de assistência psicossocial nas escolas. Essa preocupação foi o foco da segunda reunião da Câmara Setorial Temática da Saúde Mental na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), realizada na tarde de quinta-feira (4/5).

O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB), autor do requerimento que criou a "CST da Saúde Mental", presidiu a reunião, que contou com a presença da relatora e secretária da câmara temática, Rosângela Saldanha Pereira e Jorge Santos, do promotor de Justiça (Saúde Coletiva) Nilton Matos Silveira Neto, e de representantes da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Keila Regina da Silva Nunes Costa (Gestão de Pessoas) e Rita de Cássia Araújo Costa Marques (Gestão Educacional).

As representantes da Seduc apresentaram os programas desenvolvidos pela pasta para prestar assistência psicossocial aos estudantes e professores da rede pública de ensino em Mato Grosso, incluindo a prevenção de situações de assédio, violência, bullying, depressão e automutilação. Elas também destacaram o trabalho multidisciplinar que envolve famílias, conselhos tutelares, centros de referência em assistência social e centros de atenção psicossocial.

Keila Regina apresentou as ações desenvolvidas pela Seduc para prestar assistência aos professores da rede pública estadual, incluindo saúde mental e segurança no trabalho.

O promotor de Justiça Nilton Silveira enfatizou a importância da CST da Saúde Mental em parceria com o Ministério Público Estadual para realizar um diagnóstico abrangente do atendimento psicossocial oferecido na rede pública de saúde à população mato-grossense. O deputado Carlos Avallone concordou e destacou a importância do trabalho para a definição de diretrizes, elaboração de políticas públicas e inclusão de precisão orçamentária a fim de melhorar a atenção à saúde mental em Mato Grosso.