O frentista Gabriel de Paula, de 20 anos, envolvido no acidente com uma Porsche 911 'Carrera' em Cuiabá, despertou do coma após 14 dias. O incidente, ocorrido em 17 de deste mês durante um possível 'racha', envolveu dois veículos da mesma marca. Gabriel, que conduzia um VW Fox, ficou ferido quando seu veículo foi atingido na traseira pelo esportivo de luxo, avaliado em R$ 1 milhão.
O Porsche, operado por J.C.P., um empresário do setor de mineração, negou participação em uma corrida ilegal durante depoimento à polícia. Tanto ele quanto sua namorada, que estava no veículo, alegaram em um boletim de ocorrência que o VW Fox dirigido por Gabriel teria saído abruptamente do pátio de um posto de combustíveis, atravessando a pista, e ainda afirmaram que o veículo do frentista estava sem luzes de sinalização.
Em uma entrevista ao Programa do POP (TV Cidade Verde) nesta segunda-feira (29), Tatiana de Paula, mãe do frentista, celebrou a melhora na condição de saúde do filho, embora tenha lamentado a ausência de assistência por parte do empresário e sua namorada. Ela também criticou a demora da Polícia Civil em esclarecer os eventos.
"Graças a Deus, estável. Já se comunicou conosco. O quadro dele [Gabriel] ainda é preocupante devido à cirurgia abdominal. Ainda está na UTI, mas graças a Deus está conversando. Ainda está meio desorientado por causa da medicação", comentou Tatiana.
A mãe do frentista contestou os relatos do empresário e de sua namorada, refutando as afirmações de que estavam dirigindo a 80 quilômetros por hora. Ela também negou os rumores de que o empresário estaria oferecendo assistência ao frentista.
"Tudo o contrário do que eles falam. Não é o que mostram os vídeos. Eu acho uma pouca-vergonha. Se eles tivessem dado assistência, meu filho estaria em um hospital particular. Hoje, eu sou uma mãe que, se Deus quiser, vai sair com o filho com vida, mas quantas mães perdem os filhos por conta de rachas. Eu peço que as autoridades façam alguma coisa", afirmou Tatiana.
Ela também questionou a remoção do veículo de Gabriel do local do acidente, afirmando que foi levado para o pátio da seguradora do Porsche sem autorização ou diálogo prévio com a família.
O delegado Vinícius de Assis Nazário, da Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran), esclareceu que a Polícia Civil está investigando os fatos e o suposto 'racha'. Se for comprovada a realização da corrida ilegal, J. C. P, motorista do Porsche, poderá enfrentar acusações criminais. O delegado enfatizou a necessidade de ouvir o empresário para entender a dinâmica dos acontecimentos e destacou que ele e sua namorada já fizeram registros nas redes sociais, alegando que a vítima teria atravessado a avenida.
Fonte: Da redação
Data: 30/01/2024