Com a vida em 11 malas, família busca viver melhor no Japão


 A jornalista cuiabana Dayanni Ida, 34, nunca imaginou que se mudaria para o exterior, muito menos para o Japão. Contudo, o período de pandemia de covid-19 foi determinante para a decisão da comunicadora e o esposo Hissene Feguri, 40, em deixar a calorosa Cuiabá em busca de uma melhor qualidade de vida. A ideia era diminuir a extensa carga de trabalho e viver melhor, em um lugar com segurança, ensino de qualidade e mais poder de compra. Família, que saiu da capital mato-grossense com 11 malas rumo ao Japão, conta ao Site, a mudança de vida.

"A princípio pensamos em mudar para outro estado no Brasil mesmo, mas entendemos que seria 'tapar o sol com a peneira'. Colocamos, então, alguns pontos para decidir nosso destino. Nessa busca entendemos que a imigração seria o caminho. Pensamos em Estados Unidos e Portugal, mas não no Japão", brincou a jornalista.

Até então, Portugal estava no topo da preferência, pois, segundo Dayanni, era a opção mais "fácil" para imigração. No entanto, a decisão da mudança para o país asiático foi tomada a partir de estudo e relato de um amigo que havia se mudado há 3 anos para o local. Segundo ela, esse conhecido da família havia saído do Brasil em condições financeiras desfavoráveis e a situação havia mudado para ele.

"Eu costumo dizer que não escolhi o Japão, foi ele que me escolheu. Japão não é nem de longe um destino comum. E também não faz parte do contexto brasileiro. Na escola, a gente vê inglês e espanhol, no processo de imigração temos mais EUA e Portugal. Japão é para galera que tem paixão ou descendência para se conectar", comentou.

Após a decisão, foi quase um ano de planejamento e espera para a liberação do visto da família, pois as fronteiras estavam fechadas por conta da pandemia. "A gente passou meses acompanhando cada notícia na expectativa", explicou.

Enquanto esperavam, começaram a se "desfazer" dos bens, utensílios de casas, móveis e até roupas. Em dezembro de 2022, a notícia da liberação dos vistos chegou.

"Confesso que é uma confusão de emoção, pois, ao mesmo tempo que você espera, você não sabe o que esperar, você torce pra dar certo e também torce pra não dar certo. O medo do incerto leva a gente à confusão de todas as emoções", disse.





Fonte: Da redação
Data: 14/01/2024