De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado nesta semana, Mato Grosso possui a segunda maior taxa de mortalidade de motociclistas do país e a nona maior taxa de hospitalização dessas vítimas.

Os dados revelam que a taxa de óbitos no estado chega a 14,7 por 100 mil habitantes, com oito internações a cada 10 mil indivíduos. Nacionalmente, a taxa é de 5,7 óbitos por 100 mil habitantes e 6,1 hospitalizações a cada 10 mil pessoas.

A questão é considerada um problema de saúde pública, tendo em vista que o aumento desses números impacta diretamente a população e a economia. Para o especialista em trânsito, Miguel Amaral, é necessário um conjunto de ações e a união de órgãos para uma solução efetiva. Amaral ressalta que, além da conscientização, outras mudanças são fundamentais para a construção de um trânsito seguro, como a modernização do trânsito, investimento em infraestrutura, segurança e sinalização, além da aplicação efetiva das punições previstas em lei.

O especialista destaca que essa é uma meta a ser alcançada, pois envolve muitos órgãos e poderes, mas enfatiza que é necessário ter vontade e organização para que se torne uma realidade. Ele lembra que se cada motorista e pedestre cumprir com sua responsabilidade, é possível ter um trânsito mais próximo do ideal e salvar vidas.

O documento também aponta que o estado do Piauí possui a maior taxa de mortalidade de motociclistas, com 17,6 óbitos por 100 mil habitantes, seguido por Tocantins (13,8/100 mil) e Maranhão (11,2/100 mil). Os menores índices foram registrados no Rio de Janeiro (1,9/100 mil), Distrito Federal (2,0/100 mil) e Acre (2,1/100 mil). Já em relação às internações de motociclistas, a maior taxa é verificada no Piauí (17,4 internações a cada 10 mil habitantes) e a menor no Rio Grande do Sul (1,7/10mil).