Durante uma reunião do Grupo de Trabalho da Agricultura do G20, realizada na quinta-feira (12) no Malai Manso, em Chapada dos Guimarães (95 km de Cuiabá), o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), defendeu a construção da Ferrogrão, um megaprojeto ferroviário que ligará Mato Grosso ao porto de Miritituba, no Pará. Ele criticou aqueles que se opõem ao projeto, afirmando que tais críticas vão contra o que o planeta precisa, que é a redução das emissões de gás carbônico, principalmente no transporte rodoviário.
Mauro Mendes ressaltou que a Ferrogrão é uma alternativa ambientalmente superior, destacando que a ferrovia contribuirá para a redução significativa de carretas no transporte de longa distância, o que resultaria em uma diminuição nas emissões de gases na atmosfera. “Quem é contra a Ferrogrão está literalmente discursando contra aquilo que o planeta quer, que é reduzir as emissões. Uma ferrovia dessa vai tirar milhares de carretas de transporte de longa distância. As carretas continuarão tendo a sua oportunidade, mas transportando em um raio de 100, 200 ou no máximo 500 quilômetros, e não 1.500 como fazem hoje”, argumentou o governador.
O projeto da Ferrogrão enfrenta atualmente um obstáculo no Supremo Tribunal Federal (STF), devido a uma ação movida pelo PSol que suspendeu o andamento da obra. Contudo, o Governo Federal realizou ajustes no traçado da ferrovia, incluindo sua acomodação na faixa de domínio da BR-163, consultas com povos indígenas próximos à área do projeto, e a previsão de aporte adicional de recursos para compensações.
Mauro Mendes destacou que agora o desafio é do Governo Federal, que precisa realizar a regularização normativa para viabilizar o projeto no mercado. Ele também expressou confiança de que, superados os obstáculos legais, o projeto será bem recebido no mercado. “Eu acredito que o mercado terá apetite, porque poucas ferrovias no planeta nasceriam com uma disponibilidade de carga de 30 milhões de toneladas. Aquela importante região de Mato Grosso já produz algo próximo disso e nos próximos anos, até que ela [ferrovia] fique pronta, seguramente nós já estaremos produzindo muito mais do que isso”, concluiu.
Fonte: Gazeta Digital
Data: 13/09/2024